quinta-feira, 5 de novembro de 2009
UMA NOITE COM O JOÃO
Há coisas que nos deixam sem palavras. Como a noite do dia 4 de Novembro de 2009. Sentir nem sempre pode, nem deve, ser traduzido em palavras. Obrigado por tudo, João!
domingo, 1 de novembro de 2009
ADEUS, HOMEM DO LEME
Morreu ontem ANTÓNIO SÉRGIO, o maior radialista da música moderna portuguesa e que ainda por cima era uma pessoa extraordinária, de uma bondade e correcção a toda a prova. Partiu um ser humano fantástico e um profissional hiper-competente, que mostrou grande música a várias gerações, com um entusiasmo e uma dedicação únicas. Para mim, neste particular, partiu o HOMEM DO LEME.
Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder
("Homem do Leme", XUTOS 6 PONTAPÉS)
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