O FC Porto vai ficar afastado da próxima edição da Liga dos Campeões, por decisão da UEFA, na sequência do caso "Apito Final".
Antes de mais esta decisão provoca-me tristeza. E revolta. Contra quem decidiu, contra a FPF, contra a própria administração da SAD do FC Porto.
Primeiro contra a UEFA, porque continuam sempre no mesmo caminho e espírito: respeito e receio perante os mais poderosos e utilização estratégica da dureza sobre os outros, que serve como exemplo, mesmo quando as situações em causa são semelhantes.
Segundo contra a FPF, pela forma e termos facciosos usados na comunicação à FIFA do caso, quase condenando à partida o FC Porto a esta decisão. Depois tentaram emendar a mão, mas já foi tarde.
E finalmente, e principalmente, no meu caso, revolta contra quem manda no meu clube. Antes de mais, porque se puseram a jeito para que isto acontecesse: sempre se disse que no mundo do futebol português todos faziam o mesmo (tráfico de influências, oferta de prendas mais ou menos simbólicas, procura de lugares na direcção das instituições organizativas, controlo do dito sistema) mas que o Pinto da Costa o fazia melhor do que todos os outros.
Ora agora fez tão bem tão bem que conseguiu esta bela miséria em vários actos e cores...
Por outro lado, a revolta contra quem manda no meu clube resulta da forma irresponsável e cínica como resolveram não recorrer da decisão do Conselho de Discplina da Liga - por causa de seis pontos negativos no campeonato da próxima época! Perdeu-se, primeiro, a vergonha. E agora perdeu-se o lugar na Liga dos Campeões.
Depois disto, pessoas sérias só teriam o caminho da demissão. Pessoas duvidosas têm outros caminhos, como por exemplo disparar em todas as direcções e permitir que se bata e insulte quem aparecer por perto.
E não vale a pena falar em recursos porque o recurso desta decisão tem que seguir nos próximos três dias úteis e não conterá nenhuma novidade (como uma eventual absolvição de Pinto da Costa pelo conselho de justiça da FPF, que reúne no dia 11/6), pelo que não é de esperar qualquer mudança de decisão por parte da UEFA. Por outro lado, o recurso para o Tribunal Europeu do Desporto não nunca poderá impedir a suspensão do FC Porto da próxima edição da LC simplesmente porque o tempo médio de decisão deste tribunal é de 6 meses. Portanto...
Ainda assim, resta a esperança de que tudo isto não tenha sido em vão e que possa representar o início de qualquer coisa nova...e mais arejada no meu clube. Mesmo que menos bem sucedida...pelo menos de início.
João Nuno Coelho
quarta-feira, 4 de junho de 2008
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Um comentário:
Precisamos mesmo de ar puro!
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